Transtornos Alimentares
Os
Transtornos Alimentares são caracterizados por perturbações no comportamento
alimentar (alimentar-se insuficientemente ou em excesso), podendo levar ao
emagrecimento extremo, à obesidade ou outros problemas físicos e psíquicos. Sofre forte
influência sócio-cultural e midiático.
Neste texto, vou abordar apenas quatro tipos de Transtornos Alimentares, com uma breve explicação de cada um.
Anorexia Nervosa
Identificada por um medo excessivo de engordar, causando uma distorção da sua
imagem corporal.
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http://brasilescola.uol.com.br/doencas/anorexia.htm |
Há uma busca
pelo controle de seu corpo, se recusando em comer. E quando come, controla cada
alimento verificando suas calorias. A perda de peso é vista como uma conquista e autodisciplina.
E o contrário, o ganho de peso, é visto como um fracasso do autocontrole.
São
várias as consequências desse distúrbio, tanto física como emocional. Dentre elas estão a amenorreia (ausência de menstruação), hipotermia (baixa temperatura do corpo), bradicardia (batimentos cardíacos lentos), hipotensão (pressão extremamente baixa), desnutrição grave, atrofiamento dos
órgãos, constipação intestinal e falência dos órgãos, chegando a óbito.
Aliás, a maior causa de mortes, na população feminina entre 15 e 24
anos, é por complicações decorrentes da anorexia nervosa.
Bulimia Nervosa
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http://www.saudemedicina.com/bulimia-nervosa-sintomas-tratamento/ |
Há uma forte preocupação em perder os quilos à mais, se
mantendo no peso ideal; diferente da anorexia nervosa, em que o objetivo é adquirir um corpo magérrimo.
Ela
é caracterizada pelas compulsões alimentares periódicas, com ingestão de grande
quantidade de alimentos em um curto intervalo, seguidas por métodos
compensatórios inadequados (indução de vômitos, laxantes, etc) a fim de evitar
o ganho de peso. Os episódios bulímicos duram cerca de 8 minutos.
Um
indivíduo bulímico costuma se exercitar de forma excessiva, chegando a fazer academia
por, pelo menos, 4 horas diárias. Além disso, fazem grande uso de laxantes e
diuréticos, podendo ingerir altas doses de bebidas alcoólicas.
A bulimia também traz graves consequências físicas e emocionais como gengivite, deterioração dos dentes, desnutrição, arritmia, hipotermia (baixa temperatura do corpo), hipotensão, osteoporose, dificuldade de concentração, problemas na memória, inflamação do esôfago, etc, podendo, também, levar a óbito. Também há o risco de suicídio por questões psicológicas.
Transtorno do Comer Compulsivo
É identificado por “ataques”
bulímicos (compulsão alimentar), sem recorrer aos métodos compensatórios.
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http://www.grupoescolar.com/pesquisa/transtorno-do-comer-compulsivo.html |
Normalmente, são pessoas depressivas e
obesas. Mas se diferem de pessoas obesas que não tem compulsão por comer, pois
o comedor compulsivo apresenta mais comorbidades psiquiátricas e sua obesidade
é mais grave. Por essa questão, são pacientes gravíssimos para a realização da
cirurgia bariátrica, pois há uma forte tendência a voltar ao comportamento
compulsivo. Nesse caso, há a necessidade de um acompanhamento psicoterápico.
O
Transtorno do Comer Compulsivo acomete três mulheres para cada dois homens. Sua
prevalência é de 2% da população mundial e, apenas, 30% dos obesos procuram
tratamento.
Para
diagnosticar esse transtorno é preciso que haja repetidos episódios de comer
compulsivo com as seguintes características: comer muito mais rápido que o
normal, comer até se sentir
desconfortável, ingerir grandes quantidades de comida mesmo sem fome, comer
sozinho (escondido) e com vergonha da quantidade de alimentos, se sentir
culpado e/ou deprimido depois do episódio.
Esses
sentimentos após os episódios, podem levar o indivíduo a novos episódios,
formando, assim, um círculo vicioso.
Obesidade
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https://protottipo.wordpress.com/2012/10/30/um-peso-para-o-pais/ |
A
obesidade não é classificada como um distúrbio psiquiátrico pelo DSM-IV. No
entanto, uma pessoa com obesidade sofre forte influência de fatores
psicológicos afetando suas condições clínicas, associada aos fatores
emocionais.
Tem
início na infância, geralmente, por questões genéticas e/ou familiares.
Pessoas obesas associam o ato de comer com a redução da ansiedade, na
maioria das vezes, pela ingestão de açúcares e carboidratos.
Como tratar os Transtornos Alimentares
Para
o tratamento dos Transtornos Alimentares é de extrema importância uma equipe
multiprofissional. Porém, há um tratamento específico para cada tipo de transtorno alimentar.
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